quinta-feira, 31 de maio de 2018

MEDICAMENTOS E A IMPORTÂNCIA DE CONHECIMENTO DO ENFERMEIRO DE REAÇÕES ADVERSAS E DE SUA EQUIPE

Medicamentos e o conhecimento da Equipe de Enfermagem!!

A prática de administração medicamentosa é um processo complexo e multidisciplinar.
A segurança, efetividade e a eficiência prestadas aos clientes, em uma unidade hospitalar, dependem da organização dos processos envolvidos e da gestão do plano terapêutico.
O processo se inicia no momento da prescrição médica, continua com a provisão do medicamento pela farmácia e termina com o preparo e administração aos clientes. Essa condição determina que essa prática seja exercida de modo seguro aos clientes e que os eventos adversos sejam prevenidos. Assim, o enfermeiro deve conhecer todos os aspectos e fases envolvidas para evitar danos ao cliente.
Algumas definições são necessárias para o entendimento de evento adverso, dentre elas estão: reação adversa que é definida como qualquer injúria devido à medicação em doses normalmente utilizadas no homem para profilaxia, diagnóstico ou tratamento de uma enfermidade.
Erro de medicação é definido como uma falha no processo, podendo ser na prescrição, dispensação, preparo, administração e monitoramento.
Eventos adversos são considerados como qualquer dano ou lesão causado ao cliente pela intervenção da equipe de enfermagem, seja causado pelo uso ou não uso do medicamento quando necessário.
As principais recomendações apresentadas pela American Society of Hospital Pharmacists (ASHP) para evitar os eventos adversos na medicação são: prescrição eletrônica, utilização de código de barras para medicamentos e identificação do paciente(meta 1 da segurança do paciente), dispensação por dose unitária, preparação de medicação intravenosa pela farmácia, notificação de eventos adversos, interação multidisciplinar (farmácia, médicos e enfermeiros) e revisão da prescrição por farmacêuticos.
A enfermagem é responsável pelas últimas etapas que é o preparo e administração de medicamentos, podendo detectar alguma falha e parar todo processo.
Os erros podem trazer prejuízos diversos aos clientes, desde o aumento de sua permanência em um ambiente hospitalar, necessidade de intervenção diagnóstica e terapêutica, até mesmo a morte. Além de danos ao cliente, há, também, aspectos econômicos, como, aumento dos custos das internações hospitalares.
Na ocorrência de um evento adverso, o enfermeiro deve iniciar uma investigação criteriosa evidenciando todos os detalhes, tais como, horário, pessoal envolvido, turno, tipo do evento, estágio do processo que ocorreu e possíveis falhas no sistema a fim de corrigir e preveni-los.
O papel da enfermagem é garantir a segurança em todo o processo de administração medicamentosa ao cliente, e para isto é preciso conhecer o processo e identificar os tipos de eventos e os fatores de risco na ocorrência de falha na administração de medicamentos, a fim de oferecer subsídios para prevenção desses eventos e para a implementação de um processo sistematizado, que garanta a segurança do cliente e do profissional que irá administrar o processo.  
É responsabilidade do profissional de enfermagem garantir a segurança no processo de uso de medicamentos através de medidas preventivas, como conhecer o modo de ação dos medicamentos e reações adversas dos mesmos. Assim, o código de ética do profissional de enfermagem orienta que o profissional administre o medicamento com o conhecimento da ação da droga e de seus riscos.
O treinamento e a orientação da equipe devem ocorrer periodicamente, e este é um papel do enfermeiro da educação continuada e permanente, além dos enfermeiros assitencias e administrativos.
A verificação das causas, índices e consequências dos eventos adversos na administração de medicamentos torna-se necessária para todas as instituições hospitalares, pois é através destes dados que o sistema poderá tornar-se mais seguro. Para reduzir falha na execução técnica é preciso utilizar algumas estratégias, como por exemplo, utilizar sempre os 12 certos, como abordaremos em outra discussão. E o enfermeiro deve constantemente avaliar sua equipe e levantar as dificuldades no momento do preparo das medicações.

Conclusão:

A educação permanente, atualizações, aprimoramento e reeducação para incrementar os conhecimentos adquiridos na formação básica curricular também auxiliam na redução das falhas.
É de suma importância a participação do enfermeiro durante todo o processo desde a internação do cliente no setor, conhecimento sobre a patologia, as medicações que serão inseridas na prescrição médica, os eventos adversos que podem ocorrer e a reeducação da equipe sempre que necessário, além de sanar as dúvidas da equipe.

Bibliografia:

Fakih FT, Freitas GF, Secoli SR. Medicação: aspectos ético-legais no âmbito da enfermagem. Rev Bras Enferm 2009; 62(1): 132-5;


Nenhum comentário:

Postar um comentário